quarta-feira, 28 de março de 2012

PAUTA E PARADIGMA


Quando a ampla maioria da população, mal orientada pela midia pautada pelo governo e por celebridades que se julgam formadores de opinião, embarca na onda de execrar um "PODER" com importância fundamental para fazer valer os princípios democráticos, o Legislativo, fico perplexa que não apareçam vozes influentes para alertar a todos nós sobre o perigo que isso representa.

Existem os trezentos "picaretas" descobertos por lula?
Sem dúvida, e todos têm sido seus fiéis escudeiros.
Por isso a necessidade de destacar os políticos dignos, que tenham credibilidade e fazem o possível para exercer seu papel fiscalizador com eficiência. Esses podem servir como referência na hora do eleitor decidir seu voto, então realmente teremos mudança de paradigma na política.

Mas o PT não se constrange quando se dispõe a destruir reputações, temos como exemplo o dossiê contra Ruth Cardoso e a violação de sigilo bancário do caseiro Francenildo. E o partido não atua apenas na sombra, o EX denegria adversários nos palanques sem o menor pudor, enquanto Dilma conta com a midia como porta-voz.
Apesar do discurso, analisemos as escolhas tanto de Lula quanto de Dilma, ambos fizeram questão de escolher os piores quadros dos partidos aliados para compor o seu governo, desprezando quem tem conduta ética. Assim, não dá para deixar de atribuir essa decisão à possibilidade de criar condições para que sejam facilmente eliminados e, ao mesmo tempo, garantir o apoio da opinião pública. Assim, o PT vai avançando em seu projeto de poder absoluto.

Estou batendo nessa tecla e fico satisfeita ao constatar que não estou delirando, principalmente quando uma grande jornalista, Dora Kramer, publica no Estadão matéria que trata exatamente de uma possível aposta de Dilma no desequilíbrio entre os Poderes.

Continua AQUI.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Desvendando um Mistério: COEFICIENTE ELEITORAL! APRENDA COMO VC VOTA EM UM E ACABA ELEGENDO OUTROS!

SEGUNDA-FEIRA, 18 DE OUTUBRO DE 2010

Matemática na política


Está repercutindo em todo o país a expressiva vitória do Palhaço Tiririca (o da música Florentina) usando o slogan "Tiririca, pior que tá não fica!". Em um de seus guias eletorais, Tiririca falou que não sabe o que um deputado federal faz e, em outro guia, ele disse que iria ajudar os pobres, inclusive, os da família dele. É engraçado e tenho certeza que muitos dos eleitores do "Abestadô" votou nele como protesto a muito dos políticos que aí estão. Mas ao contrário do que Tiririca promete, as "coisas podem ficar coisadas e coisadas pra pior" porque podemos ter elegidos candidatos que não gostariamos que estivessem lá, não os conheço, nem seus trabalhos, nem seu projetos e não tenho nada contra eles, mas o problema é que foram eleitos sem o consentimento do povo, pois há uma matemática, que muitos dos eleitores não conhecem, nos transformando em palhaços quando queremos dizer que os palhaços são eles.
Para entender melhor vamos supor que numa cidade há dois partidos disputando 5 cadeiras da câmara de vereadores de uma cidade fictícia chamada "Só Jesus Salva".

Partido Que Pode - PQP
Jacinto Pinto
Crecio Venâncio
João da Fossa
Patrícia da Rosca
Fredézio
Mano Mamando

Partidos da Nação - PN
Flávio do Circo
Francisca da Igreja
Joana Louca
Migué
Plínio da Chinela
Caio Careca
Molusco
(Os partidos e candidatos são fictícios, não conheço ninguém com estes nomes ou apelidos e não estou fazendo menção a ninguém)

Suponha que após as eleições os repectivos votos foram:



Partido Que Pode - PQP


Jacinto Pinto - 1234
Crecio Venâncio - 96
João da Fossa - 42
Patrícia da Rosca - 2756
Fredézio - 132
Mano Mamando - 13



Partidos da Nação - PN


Flávio do Circo - 234
Francisca da Igreja - 567
Joana Louca - 138
Migué - 42
Plínio da Chinela 12
Caio Careca - 20
Molusco - 200


Votos branco ou nulo - 7600


Para contagem de votos, são descartados os votos branco ou nulo, assim, os 7600 eleitores da cidade Só Jesus Salva jogaram fora a oportunidade de mudar o resultado final da eleição ao votar branco ou nulo.

Vamos contar o total de votos que cada partido obteve (você na verdade vota no partido e influência a ordem dos candidatos no partido).


PQP = 1234 + 96 + 42 + 2756 + 132 + 13 = 4273


PN = 234 + 567 + 138 + 42 + 12 + 20 + 200 = 1213

Assim, o total de votos válidos (VV) é a soma dos votos que os partidos obtiveram:

VV = PQP+PN = 4273+1213 = 5486

Agora, podemos calcular o coeficiente eleitoral (CE) que é o total de votos válidos dividido pelo número de vagas disputadas para Câmara de vereadores ou deputados federais ou Assembleia Legislativa. Na nossa situação fictícia, a Câmara de Vereadores da cidade Só Jesus Salva tem 5 vagas, então:

CE = VV/5 = 5486/5 = 1097,2

Isto é, a cada 1097,2 votos o partido elege um vereador, portanto

PQP - 4273 / 1097,2 = 3,894458622  = 4

PN - 1213 / 1097,2 = 1,105541378 = 1

O PQP terá direito a 4 vagas na câmara e PN terá direito a 1 vaga na Câmara, assim, os eleitos são:


PQP


Patrícia da Rosca - 2756 votos
Jacinto Pinto - 1234 votos
Fredézio - 132 votos
Crecio Venâncio - 96 votos


PN


Francisca da Igreja - 567 votos

Veja que há candidatos que não foram eleitos no PN que tiveram mais votos que candidatos eleitos no PQP, mas por causa do coeficiente eleitoral eles não foram eleitos.

Para o exemplo prático, o coeficiente eleitoral em São Paulo foi próximo de 300.000 e Tiririca obteve 1.350.000 votos, portanto os votos de Tiririca deram para eleger 5 deputados federais do partido dele:
1350000/300000 = 4,5 = 5

Então, ao votar em Tiririca, os eleitores elegeram o Tiririca e mais 4 que não sabiam.

Agora que você já sabe como funciona a eleição para vereadores e deputados, planeje bem o seu voto de protesto. Se você votou em Tiririca porque acha que ele será um bom deputado ótimo, embora outros não achem, mas vivemos num democracia todos devem respeitar, mas chamo a atenção de quem votou só por protesto, não falo só os que votaram em Tiririca, mas também em outros candidatos só pra fazer protesto, tomem cuidado, pois o tiro pode sair pela culatra.

CHEGA DE COLOCAR NO CONGRESSO OS CARAS QUE NÃO QUEREM SABER DE NÓS!

quarta-feira, 14 de março de 2012

BRASILEIRO É BOM COMPANHEIRO, ISSO É BOM?


A palavra de ordem na última campanha, falada abertamente nos palanques pelo ex-presidente, era para que o eleitor "extirpasse" a oposição.
O brasileiro, obediente, atendeu às ordens de quem se julga "dono" de nossas consciências e elegeu uma imensa maioria de governistas para o Congresso, o que praticamente anulou a voz da oposição. Os poucos que estão lá mal têm espaço para se manifestar nem condições para atender às necessidades de seus estados de origem.

Considerando-se à vontade, praticamente sem oposição para fiscalizar seus atos, o governo do PT agora com Dilma Roussef tem força suficiente para investir contra os partidos da base, o que confirma fala de Zé Dirceu em um de seus congressos, quando propôs consolidar o domínio da máquina petista.

A maioria das análises do dia afirmam que os novos líderes da Câmara e do Senado escolhidos por Dilma podem piorar a situação do governo e não apostam no êxito dos substitutos. Lembram que Arlindo Chinaglia (PT-SP) é irritadiço e colecionou desavenças quando presidiu a Câmara. Tanto ele quanto o inexperiente líder escolhido para o senado são considerados arrogantes e sem atributos essenciais a um Líder do Governo.

A única explicação que é unânime, nos artigos sobre a decisão de Dilma, é de que se trata de represália pela derrota de seu indicado para a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

O jornalista Cláudio Humberto ironiza a ‘Independência' de Braga, que não resistiu ao cargo:

"O senador “independente” Eduardo Braga (PMDB-AM) não resistiu ao primeiro aceno.
Virou “independente” porque exigia que José Sarney e o líder do PMDB, Renan Calheiros, garantissem sua nomeação como ministro dos Transportes, em lugar do inimigo Alfredo Nascimento (PR-AM), mas Dilma preferiu um amigo, Paulo Passos.
Quis ser ministro da Agricultura depois, mas Dilma nomeou outro amigo, Mendes Ribeiro."


O Estadão deixa bem claro o "cala-boca" aplicado ao novo líder:
*
Na tentativa de manter a união do PMDB, o vice-presidente da República, Michel Temer, chamou Eduardo Braga para catequizá-lo.

"Agora você não é representante de um grupo. Você representa o governo e, nessa condição, terá de conversar com Renan e Sarney", disse Temer.


Até agora não tem ficado bem claro à opinião pública o histórico de vazamentos que resultaram em demissões de ministros de partidos aliados ao governo, enquanto ministros petistas envolvidos em denúncias gravíssimas resistem à vassourada.
A exceção foi Palocci que foi varrido pela pressão popular.

Mesmo assim, a midia tende a aceitar a pauta do governo de que Dilma é durona contra "malfeitos" e que seria responsável por uma limpeza ética nunca antes vista no Brasil.
Acredite quem quiser, eu não me iludo. Qualquer leigo conhece uma determinada técnica, muito usada em interrogatório, na qual um personagem se apresenta como "bonzinho", o camarada que passa a mão na cabeça para conquistar a confiança. Por outro lado, tem o "durão" que resolve tudo.
Muitos admiram esse segundo tipo, mas se algo der errado e alguém tiver coragem de reagir, lançam a pauta de que a base sente falta do "bonzinho", que volta todo poderoso

Quando foram escolhidos os nomes para postos de liderança, tanto Lula quanto Dilma sabiam com quem estavam lidando. Esse dado incontestável, somado ao fato de que esses personagens têm se tornado o foco das críticas da imprensa e da população (tem gente que até segue a onda de querer fechar o Congresso), leva-me a crer que há um propósito em curso, prepararam o terreno para contar com o apoio da opinião pública na hora de se livrar deles.
Essas intenções me preocupam porque comprometem nossa frágil Democracia.

Até mesmo quem se declara contra a ideologia e os métodos petistas costuma expor opiniões que facilitam a vida do PT, há comentários muito duros contra seus adversários, coisa que os petistas não fazem porque o que interessa é a vitória e nisso eu me rendo, estão cobertos de razão. A não ser que quem critica tanto o PT quanto seus adversários queira isso mesmo, que o PT se consolide no poder e que os demais partidos desistam de almejar o comando do país. Isso seria uma tirania consentida, ou algo assim.

Alguns partidos aparentemente se conformam com essas medidas, alguns já estão pulando fora do barco nas candidaturas municipais, mas há sinais de descontentamentos que podem desencadear uma crise tão profunda quanto à da era Collor.
Os petistas tentam minimizar as tensões e negam que o PT tenha um projeto de se tornar partido hegemônico, mas a maneira como subestimam os demais pode provocar resultados imprevisíveis.

domingo, 4 de março de 2012

REPÚDIO À PAUTA PETISTA

Charge - Chico

Os jornais já estão divulgando os primeiros dados de pesquisas para a prefeitura de São Paulo que incluem o nome de José Serra como provável candidato.
Os números são muito expressivos: Serra ganhou nove pontos percentuais de um mês para outro e poderia até vencer no primeiro turno a depender do cenário - oscilando de 30% a 49%.

Batizado por Reinaldo Azevedo (acho que foi sugestão de um leitor), o (JEG) jornalismo da Esgotosfera Governista, financiado por estatais, juntamente com os Institutos de Pesquisas "companheiros", revelam sua torcida explícita com a publicação de análises sobre essa largada à campanha de 2012 que deveriam escandalizar a população.

Praticamente todos os textos pautam (ou são pautados) o pacote de maldades e de mentiras lançadas pelo PT.
Se não atacam abertamente, ao menos insinuam que Serra deixou a prefeitura em 2006, menos de dois anos após ser eleito, para de candidatar ao governo de São Paulo, como se esse fosse o "malfeito" mais grave cometido por um político nesses tempos de Mensalão, Erenice 6%, dossiês, crimes eleitorais, desvios de dinheiro público e uma infinidade de denúncias de corrupção que acabam, infelizmente, tornando-se banais perante a opinião pública.

Querer saber o peso dos padrinhos no voto dos candidatos também é um fator tão absurdamente tendencioso que deveria ser considerado no mínimo irregular.
Isso é imposição à idolatria.

Voltando à pauta que menos interessa ao eleitor, já que quando José Serra deixou a prefeitura para concorrer ao governo do estado venceu no primeiro turno, bater nessa tecla revela a total falta de propostas dos demais candidatos.
Os bajuladores do queridinho do papai não encontram absolutamente nada de positivo sobre o candidato petista, só pode ser. A única alternativa, então, é tentar desqualificar o adversário mais forte.
Se é para ser isento, os Institutos de Pesquisas deveriam incluir as seguintes perguntas:

_ “Você sabia que Haddad é o ministro responsavel pelos kits gays para as escolas? Você acha que ele fez bem ou mal em tentar despertar precocemente essas ideias nas crianças?”

_“Você sabia que Fernando Haddad é o ministro da Educação que falhou três vezes na aplicação do ENEM?”

_“Você sabia que Gabriel Chalita se elegeu vereador pelo PSDB, abandonou o mandato e o partido para se candidar a deputado federal e depois de eleito mudou para o PMDB? Você concorda que com um perfil assim ele realmente tem só uma cara?”